Há duas décadas, o Brasil deu um passo significativo em direção ao desenvolvimento e aprimoramento do setor turístico. Com a criação do Ministério do Turismo em 2003, a iniciativa visionária, concebida pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabeleceu o primeiro órgão governamental exclusivamente dedicado ao segmento, marcando o início de uma série de transformações que tiveram efeitos duradouros na economia, na geração de empregos e na imagem do país.
Um dos marcos iniciais dessa trajetória foi o lançamento do primeiro Plano Nacional do Turismo (PNT) em 2003, resultado de uma colaboração entre o setor público e privado. Essa diretriz estratégica definiu caminhos para o crescimento e a organização do turismo no Brasil, promovendo a sua contribuição econômica e social. Ao longo dos anos, o PNT foi atualizado em três edições, refletindo a evolução das necessidades e prioridades do setor.
A reativação do Conselho Nacional de Turismo (CNT) em 2003 também marcou uma etapa crucial. Composto por representantes do governo, do trade turístico e da sociedade civil, o CNT desempenhou um papel vital na definição de políticas públicas e na formulação do Plano Nacional de Turismo, garantindo uma abordagem mais abrangente e inclusiva.
Outra conquista de grande relevância foi a criação do Programa de Regionalização do Turismo (PRT) em 2004. Inspirado pela Organização Mundial do Turismo (OMT), o PRT promoveu a colaboração entre o governo federal, estados, municípios e regiões turísticas brasileiras. Isso resultou em uma abordagem mais integrada para o desenvolvimento, gestão e promoção de destinos turísticos em todo o país.
A infraestrutura turística nacional também recebeu atenção, com o Ministério do Turismo investindo em cerca de 18 mil obras desde 2003, totalizando aproximadamente R$ 8,4 bilhões. Centros de convenções, orlas reformadas e rodovias pavimentadas foram alguns dos avanços concretos que melhoraram a experiência dos visitantes e fortaleceram os destinos.
O impacto da pandemia de Covid-19 no setor turístico foi um dos desafios mais complexos enfrentados nos últimos anos. O Ministério do Turismo desempenhou um papel crucial na mitigação dos efeitos negativos, implementando medidas como a extensão do prazo de reembolso por serviços turísticos e culturais cancelados, garantindo alívio financeiro para os envolvidos.
Além disso, o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) foi um exemplo de resposta ágil do governo. A redução das alíquotas de impostos federais para diversos segmentos econômicos contribuiu para a recuperação do setor de eventos, um dos mais afetados pela crise.
No presente, o Ministério do Turismo continua a impulsionar o desenvolvimento do setor, adotando estratégias como o projeto "MTur Itinerante", que facilita a interação com gestores públicos e privados em todo o país. A pasta também está comprometida com a promoção do turismo sustentável, a melhoria da infraestrutura, a qualificação profissional e a divulgação dos destinos nacionais.
O olhar para o futuro é promissor, com a gestão atual do ministério trabalhando na criação do Plano Nacional de Desenvolvimento do Turismo, que visa orientar as ações nos próximos cinco anos. Essa abordagem abrangente e integrada visa transformar o potencial turístico do Brasil em resultados concretos, como geração de divisas, empregos e inclusão social.
Em resumo, os últimos 20 anos representaram um período de evolução notável para o turismo brasileiro, graças à criação do Ministério do Turismo e ao compromisso contínuo com a inovação e o desenvolvimento sustentável. As conquistas alcançadas até agora formam uma base sólida para um futuro promissor no cenário turístico global.
*Com informações do gov.br
Redação | Visite Brasília
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